Sunday, June 3, 2007

A "Dance Music" em Portugal - Parte 1


A história da música de dança em Portugal nem dez anos ainda tem. Criou-se no entanto um circuito de discotecas, bares, lojas de discos, DJ e produtores, agências de promoção e editoras. O crescimento tem sido acidental e a evolução imprevisível. Para se ter em linha de conta esta dicotomia, basta atentar na pouco significativa penetração da música de dança alemã em Portugal, a maior produtora desta área musical na Europa. A linha alemã, apesar de ter uma forte componente popular, mais fácil de ser entendida por um público menos exigente e menos conhecedor, nunca singrou, com a ténue excepção de DJ como Sven Väth, que de qualquer maneira nunca conquistaram o protagonismo que lhes é reconhecido noutros países.


Outra grande dificuldade encontrada, nomeadamente por aqueles que se iniciam neste meio, é a de penetrarem num circuito densamente codificado, feito de relações interpessoais e de uma espécie de onda humana que se desenvolve a partir de cúmplicidades, de influências da noite, daquilo a que os ingleses chamam hype, ao ponto dos media pouco influírem nessa dinâmica.

Como explicar esta discrepância? A resposta é simples: há quem conheça os meios e que os domina. A actual (ou recente) cultura underground tem os seus próprios meios, o seu circuito de contactos mais ou menos anónimos. É uma teia complexa, que envolve pessoas directa ou indirectamente ligadas à música, que escolhe a sua exclusão, e que integra as pessoas/grupos/tribos que escolhe.

Rui da Silva(Na Foto), continua a ser uma excepção estando estabelecido em inglaterra como dj de sucesso, devido principalmente ao single "Touch Me", que foi numero um por varias semanas nos dance charts um pouco por todo o mundo.

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